por guilherme bernardes
isolado.
rodeado de gente
mas sozinho.
gente que ele gosta
ou que são são legais com ele
mas não importa.
não é um bom dia
e isso é tudo.
música triste e alta
berrando-lhe aos ouvidos
angústias alheias
- transformadas tanto
em arte
quanto em cifrões -
animadoras
para mascarar a própria
solidão.
ele dança.
mexe seu corpo de formas entranhas
chama a atenção mas
é incompreendido.
no fundo, a certeza
de mais um dia desperdiçado
até que ele possa dizer
que vive do próprio sofrimento
ou que ele se foi
e agora sorri.